Alcançadas
as pré-condições objetivas e subjetivas do comunismo é só a superação do Estado como representante de uma
classe o que resta destruir,fazendo a
maioria predominar sobre a minoria exploradora.
Eu já
falei em outro artigo que este esquema está ultrapassado com a
concepção ampliada do estado de Gramsci ,mas de um modo geral se ainda pensamos
que numa sociedade futura é possível elevar tanto as forças produtivas,com
trabalhadores altamente conscientes(cidadãos) ,num mundo homogêneo e solidário,é
possível fazer com que o Estado adquira
,na sua função administrativa pura e simples aquilo que é a sua destinação
impossível de realizar até agora,por
causa da sociedade de classes:representar a todos.
Como
Engels demonstrou, isto só será possível quando ele exercer apenas estas
funções meramente administrativas.
De outro
lado,como corolário disto,não há necessidade de vanguardas garantidoras deste
processo novo.As vanguardas revolucionárias ,quando se perpetuam se
totalitarizam inevitavelmente.
É
condição,como notara Trotski,de uma sociedade sem classes , comunista,humana
geral,que a vanguarda se dilua,porque aí o que predominam são as formas velhas
de política,notadamente o despotismo esclarecido.Era assim que Stanislavski via a figura de Stálin e é assim
que Stalin construiu o seu regime ,como
um protetor declarado das artes,às claras ,e um massacrador contumaz,às
escondidas(seguindo Maquiavel no capitulo VIII de “ O Princípe”).
O
revolucionário acaba quando o comunismo se estabelece,quando a revolução
triunfa de fato.A dialética do revolucionário e da revolução é bem “ estranha”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário