domingo, 16 de janeiro de 2022

Quando falo em social-democracia

 

Quando falo em social democracia recebo pedradas como sempre,dos radicais e todos eles me opõem os inumeráveis “crimes” cometidos pela II internacional,de onde eu parto.

Deixa eu explicar com calma:em primeiro lugar, por mais que a social-democracia tenha cometido erros e crimes ,esstes não chegam nem aos pés de outras tradições ditas socialistas e comunistas.

É verdade sim:foi um erro da II Internacional apoiar a guerra em 14,com consequencias graves para a humanidade e para os trabalhadores.Lênin tem razão em dizer que a II Internacional descumpriu com o que foi acordado no Congresso de Basiléia em 1912:se houvesse uma guerra ,os partidos socialistas se uniriam para evitá-la.

Não procede justificar a mudança de postura ,de 1912 a 1914,alegando as reflexões de Engels ,no século XIX,sobre o perigo russo.

Estas vacilações da II Internacional acabaram por ajudar indiretamente à Revolução Russa e à Lênin,em seu combate radical à guerra imperialista.

Ainda persistem dúvidas sobre se houve intervenção da social-democracia no assassinato de Karl Liebknecht em 1919.

Contudo, não se trata de falar nas pessoas e em certos eventos(em termos naturalmente,porque certos eventos podem comprometer),mas no método politico que conduz à utopia.

Após o congresso de Bad Godesberg,a social-democracia ficou aguada,realmente sem a perpsectiva de transformação da sociedade,em direção a uma sociedade sem classes.

Mas,por exemplo,no interior da revolução portuguesa de 1975,Mario Soares ainda falava em uma utopia comunista,mas a partir de critérios e métodos democráticos,que poderiam levar muito tempo,mas que não causariam a destruição que a ação desatinada dos radicais causou.Os radicais ,de ontem e de hoje,afirmariam em contrário que é muito fácil falar em reforma com milhões de pessoas sofrendo.Isto incrementa o debate que vem até hoje é o que me anima na minha posição atual social-democrática.Mas disto falarei em outro artigo.