Existem muitas
discussões pertinentes no seio da esquerda sobre o
que é o
stalinismo,mas nenhuma delas o
resolve realmente,porque assim a esquerda se veria toda atingida
pelo problema.Isto é assim até
aos dias de hoje.
Palmiro
togliatti em uma entrevista famosa que concedeu logo após o impacto do
relatório Kruschev alinhavava
os argumentos para explicar o fenômeno
do stalinismo no comunismo.Todas as suas análises ,como a
de seus contemporâneos e pósteros
não tocam na questão
real do stalinismo,do
seu significado último,exceto
um:Trotski.
Pelas palavras
de Togliatti parece estar tudo resolvido,mas como ele,como tantos, estava
inserido em todo o processo de construção do
stalinismo,alegando,como todos, a necessidade de
preservar o socialismo,respondeu de modo a não tocar no
problema verdadeiro,no fulcro.
A questão do stalinismo,para ele,é que Stálin ,com o poder que adquiriu,perdeu o controle.O poder,diz Togliatti nesta entrevista," lhe subiu à cabeça".
A atitude pessoal é que explicaria os problemas da URSS e do Stalinismo.Tirando a personalidade tudo está resolvido.
Um outro prócer do marxismo,Lukács,também abordou, na época do XX congresso,o stalinismo,numa famosa carta intitulada "Carta sobre o stalinismo",em que dá seguimento aos mesmos paradigmas anódinos do italiano.
O cerne desta carta é dizer que o problema não é a pessoa do tirano(ele inverte o argumento de Togliatti),mas os "pequenos stalins" que ele criou e que reproduziam a sua política e que ,mesmo depois da morte do chefe continuavam a pulular na sociedade soviética.
Aparentemente isto é um xeque-mate na questão,mas se observarmos com mais cuidado a denúncia não trata de porquê surgiu este fenômeno numa sociedade socialista que não o queria,não o prometera.Não desejava o extermínio de milhões,mas o bem-estar.
Tanto Togliatti como Lukács,volteiam o núcleo mas não o atacam,porque sempre tiveram esta perspectiva oportunista de preservar o socialismo,que àquela altura era produto e meio de reprodução da tirania e dos crimes de Stálin.
O único que notou o que estava acontecendo foi trotski porque percebeu exatamente a indissolúvel relação entre o personagem e o contexto em que viveu .Numa relação dialética entre a personagem histórica e o contexto é que se explica o surgimento do stalinismo e nos revela a impossibilidade de separar a URSS e o stalinismo,o socialismo real.
Ainda que Trotski acreditasse no retorno do ímpeto revolucionário,quando o tirano fosse apeado do poder(o que torna Trotski muito semelhante aos outros dois),o seu diagnóstico é que põe um fim no problema,levando de roldão o socialismo real,que era uma reação termidoriana,uma queda no antigo regime,numa aceitação,por parte do stalinismo,das regras imperiais da política czarista,que o socialismo pretendia acabar.
A questão do stalinismo,para ele,é que Stálin ,com o poder que adquiriu,perdeu o controle.O poder,diz Togliatti nesta entrevista," lhe subiu à cabeça".
A atitude pessoal é que explicaria os problemas da URSS e do Stalinismo.Tirando a personalidade tudo está resolvido.
Um outro prócer do marxismo,Lukács,também abordou, na época do XX congresso,o stalinismo,numa famosa carta intitulada "Carta sobre o stalinismo",em que dá seguimento aos mesmos paradigmas anódinos do italiano.
O cerne desta carta é dizer que o problema não é a pessoa do tirano(ele inverte o argumento de Togliatti),mas os "pequenos stalins" que ele criou e que reproduziam a sua política e que ,mesmo depois da morte do chefe continuavam a pulular na sociedade soviética.
Aparentemente isto é um xeque-mate na questão,mas se observarmos com mais cuidado a denúncia não trata de porquê surgiu este fenômeno numa sociedade socialista que não o queria,não o prometera.Não desejava o extermínio de milhões,mas o bem-estar.
Tanto Togliatti como Lukács,volteiam o núcleo mas não o atacam,porque sempre tiveram esta perspectiva oportunista de preservar o socialismo,que àquela altura era produto e meio de reprodução da tirania e dos crimes de Stálin.
O único que notou o que estava acontecendo foi trotski porque percebeu exatamente a indissolúvel relação entre o personagem e o contexto em que viveu .Numa relação dialética entre a personagem histórica e o contexto é que se explica o surgimento do stalinismo e nos revela a impossibilidade de separar a URSS e o stalinismo,o socialismo real.
Ainda que Trotski acreditasse no retorno do ímpeto revolucionário,quando o tirano fosse apeado do poder(o que torna Trotski muito semelhante aos outros dois),o seu diagnóstico é que põe um fim no problema,levando de roldão o socialismo real,que era uma reação termidoriana,uma queda no antigo regime,numa aceitação,por parte do stalinismo,das regras imperiais da política czarista,que o socialismo pretendia acabar.
As condições
que o Marxismo
colocara para uma revolução comunista não estavam dadas
na Rússia e a insistência em
criá-las,como preconizara
Lênin,revelou-se
infrutífera,obrigando os bolcheviques
a uma solução comum às
revoluções sem base social:o autoritarismo e depois o totalitarismo.`
Para
preservar uma idéia
já sem fundamento a
sociedade foi obrigada a
se modificar,contra a vontade,no processo de coletivização e industrialização que Stálin e os
bolcheviques impuseram,do alto,sem
levar em conta que
a revolução comunista vem de baixo,de uma
sociedade civil preparada e com hegemonia da
classe trabalhadora.
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