domingo, 8 de janeiro de 2017

Paralelo entre Jesus e Marx



Se dá pela condição judaica de ambos,que ambos recusaram em nome de uma universalização.Nós poderíamos fazer aqui especulações(porque só seria isto)sobre a necessidade do judeu de sair do seu beco,do seu isolamento e ,provavelmente este fator psicológico exista.
Mas o que nos interessa analisar aqui são os fundamentos pelos quais se busca esta universalização.No caso de Jesus o modelo universal se escuda na dor e no reconhecimento da dor;no caso de Marx o judeu tem que seguir o caminho de todos de se inserir na “ humanidade real”.
O que avulta em importância é que ambos defendem a diluição do judeu na humanidade,como se não fosse assim,de fato,concretamente.Isto dá a impressão de que o judeu,por razões próprias de seu grupo social se coloca contra a humanidade,ou,pelo menos,se sente no direito de seguir um caminho próprio.Uma espécie de easy rider do passado,de liberalismo radical desde sempre.
Este paradoxo facilitou as coisas para a perseguição,para a justificação ideológica da perseguição,criando a falsa impressão de que o judeu não é solidário,senão com o seu próprio povo e não se sabe quem vem primeiro,o isolamento por causa da perseguição ou o desejo de isolar pura e simplesmente,que a gera.
Talvez por isso sejam tão repetidas as narrativas mosaicas,da libertação do povo judeu diante do faraó(esta seria a justificativa real do isolamento),mas desde Abraão,a propositura do patriarca é que o mundo foi criado por eles,os judeus.
E a bem da verdade este ocidente racional e moral não é só fruto dos gregos,mas da tradição que nasce dos judeus.
Esta diluição parece implicar para algumas figuras,como as que estamos analisando,um sentimento,quiçá,de culpa,e de desejo de cair no mundo,como algo certo,contraposto ao erro do isolamento.Voltarei ao tema que é  muito complexo.